domingo, 2 de outubro de 2011

Casos de Hanseníase em Capim Grosso, é preciso cuidar.

Vários casos são registrado no município de Capim Grosso, e tivemos a informação de que a secretaria de saúde está fazendo o acompanhamento dos pacientes de hanseníase pelas equipes de saúde da família de Capim Grosso.
Segundo a coordenadora de vigilância epidemiológica. os pacientes são agendados para retornar a cada 28 dias. Nessas consultas, eles tomam a dose supervisionada do medicamento no serviço de saúde e recebem a cartela com os medicamentos que devem ser tomadas no domicílio, e é realizada avaliação médica do paciente, esclarecimento de dúvidas e orientações. Além disso, é informado sobre a importância do exame clínico das pessoas que moram na casa com o paciente e avaliado a necessidade de vacinar os familiares contra a hanseníase.

Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada são visitados, no máximo, em 30 dias, nos seus domicílios, com o objetivo de manter o tratamento e evitar o abandono.
A Secretaria de Saúde disponibiliza transporte para aqueles pacientes que precisam realizar tratamento médico especializado e exames complementares em Unidades de Referência para Hanseníase.


Fonte: Vigilância Epidemiológica – Secretaria M. de Saúde de Capim Grosso
Enfermeira Jocelia Machado da Silva

HANSENÍASE
Características gerais
Doença crônica causada por um bacilo que infecta os nervos periféricos.O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda existam dúvidas sobre os prováveis fatores de risco implicados, especialmente aqueles relacionados ao ambiente social.
Reservatório
O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé. Os doentes com muitos bacilos (multibacilares - MB) sem tratamento são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal).
Modo de transmissão
A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares é a via aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do bacilo no corpo (Contato íntimo de pessoa para pessoa).
Período de incubação
Pessoas com hanseníase podem ser portadores dos bacilos por longos períodos sem apresentar sintomas ( em média, de 2 a 7 anos). Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos.
Período de transmissibilidade
Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB),– não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar. Os pacientes multibacilares, no entanto, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.
Diagnóstico clínico
O diagnóstico é essencialmente clínico , realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame médico, para identificar lesões(manchas) ou áreas de pele com alteração de sensibilidade(dormência no local,não sente dor),queda de pêlos.
Os casos com suspeita devem realizar coleta de material (baciloscopia ou biópsia da pele (mancha).
Tratamento poliquimioterápico (medicações associadas em cartela com dois comprimidos)
O tratamento é feito através do uso de medicações associadas em cartelas de dois comprimidos. As medicações matam o bacilo e evita a evolução da doença, prevenindo as deformidades causadas pela hanseníase, levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas e assim logo no início do tratamento a pessoa não transmite mais a doença.O tratamento se realizado de forma completa(tomada da medicação durante todos os meses de tratamento) e correta, garante a cura da doença.
As unidades de saúde da família recebem as medicações enviadas pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia para entregar aos pacientes no seu próprio município.