Profissionais da saúde, no país, e da segurança e educação, na Bahia, paralisam as atividades nesta terça-feira, 25, para reinvindicar melhorias nas condições de trabalho. Médicos, dentistas, policiais civis, agentes penitenciários e professores participarão de uma manisfestação, por volta das 9h, em frente ao Shopping Iguatemi, onde levarão reclamações e, ao mesmo tempo, comemorarão o Dia Estadual de Luta em Defesa da Educação e dos Serviços Públicos.Médicos.
De acordo com Francisco Magalhães, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), a paralisação pretende denunciar os problemas enfrentados no Sistema Único de Saúde (SUS), e conta com uma grande adesão dos profissionais. "Queremos chamar a atenção da sociedade sobre a estado da saúde pública. A precarização do SUS deve ser combatida, pois ela põe em risco os pacientes e também os médicos", constatou.
Apesar da paralisação, apenas os médicos dos ambulatórios e os responsáveis por serviços eletivos irão parar as atividades. Serviços de urgência e emergência serão feitos normalmente. Participam da mobilização, em nível nacional, o Conselho Nacional de Medicina, a Federação Nacional de Medicina e a Assosciação Médica Brasileira. No estado, estão envolvidos na paralisação o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia e Associação Baiana de Medicina.
Dentistas - O presidente do Sindicato de Odontologia do Estado da Bahia (Soeba), Luciano Fernandes, afirmou que amanhã também será comemorado o dia do cirurgião dentista e, por esse motivo, considera este um momento único para reivindicar mudanças. "Será um momento de comemoração e de protesto. Os valores pagos aos dentistas durante as consultas não conseguem custear nem a compra de materiais de biosegurança", reclamou.
As atividades serão paralisadas apenas para os clientes dos planos odontológicos. Os pacientes que tinham atendimentos marcados, devem ligar para os seus dentistas e remarcar as consultas.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, os dentistas participarão, no dia 3 de novembro, de uma reunião para decidir os rumos das atividades.
Educação - Os professores da rede municipal e estadual de ensino também estão integrados à paralisação. Na manifestação, além de exigirem melhores condições de trabalho, os profissionais pedem o pagamento da URV, medida de correção monetária usada na década de 90.
Entretanto, diferente das demais categorias, os professores irão parar as atividades por mais de um dia. De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, 12 ônibus sairão de todo o Estado, após a manifestação de amanhã no Iguatemi, em direção à Brasília, onde no dia seguinte, 26, será comemorado o Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação.
Na capital federal, os professores reforçarão a mobilização nacional dos profissionais da educação, que reividincam 10% do PIB nacional para atividades de ensino.
Polícia Civil - De acordo com Marcos de Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc), os profissionais também pleteiam o pagamento da URV. Caso as reivindicações levantas durante a manifestação não sejam atendidas, os servidores pretendem entrar em greve, mas ainda sem data marcada.
Matéria: Henrique Mendes/ Joá Souza | Ag. A Tarde