sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quem me trai, só trai uma vez, diz Marcelo Nilo

Uma mágoa alimentada por Nilo pode azedar a possível ida de Paulo Cezar, prefeito de Alagoinhas pelo PSDB, para o PDT. O caso está dando o que falar.

A nota de Levi Vasconcelos publicada na quinta-feira (9) apontava como certa e avalizada ("Já recebeu sinal verde dos diretórios municipal, estadual e federal e só falta marcar data para assinar a ficha") a chegada do prefeito no partido da base, hoje indica que a tarefa é árdua.
 
E parece que agora o prefeito vai ter que continuar a acender velas e rezar mais forte ainda.
 
Uma vela para o ministro Carlos Lupi, uma para o presidente da Assembléia Legislativa Marcelo Nilo, o traído. Há quem diga que as velas terão de ser do tipo "sete dias" e que outros "santos" deverão ser consultados pelo prefeito antes de sua partida definitiva para o PDT.
 
Confira as notas do colunista de Tempo Presente sobre o caso.
 

Restrições explicitas I

Não é lá tão pacífica assim a entrada do prefeito de Alagoinhas, Paulo Cezar, no PDT. O ministro Carlos Lupi consultou Marcelo Nilo, presidente da Assambléia, aliadode Paulo Cezar nos tempos que os dois eram PSDB, e ouviu uma aceitação, com restrições:
 
- Se o senhor acha bom para o partido, eu sou homem de partido e aceito. Mas devo lhe dizer: não soma absolutamente nada. Faz péssima gestão e vai perder a eleição feio.


Restrições explicitas II

Marcelo Nilo não só confirma que fez restrições a Paulo Cezar como acrescenta:
 
- Ele vai entrar no PDT antecipadamente sabendo; eu subir no palanque dele, nem pensar. E reunião que ele estiver, eu não participo e se eu já estiver e ele chegar, eu saio.
 
E por que isso?
 
- É bastante simples Ele me traiu. E quem me trai, só trai uma vez.
 
Marcelo deu apoio pleno a Paulo Cezar em 2008. Em 2010, não recebeu dele um voto.