terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sete dos 39 deputados federais baianos são processados por crimes

Em todo o Brasil, são 59 parlamentares na mesma situação; Bahia é o estado com mais acusados

Ao menos sete dos 39 deputados federais baianos que tomam posse nesta terça-feira (1º) chegam à Câmara na condição de réus em ações penais, ou seja, respondem a processos nos quais são acusados de crimes. O levantamento, feito pelo G1, mostra que em todo o Brasil, 59 dos 513 deputados federais estão na mesma situação.

Juntos, os 59 deputados do levantamento deste ano respondem a pelo menos 92 processos – em alguns casos, o deputado é acusado pelo Ministério Público por mais de um crime. A maioria das acusações se refere à administração pública, como crime contra a Lei de Licitações, peculato (quando o funcionário público se apropria de bens ou valores públicos) e corrupção. Há ainda casos de crime contra o sistema financeiro, crimes eleitorais e até crimes contra a pessoa, como homicídio e lesão corporal.

Bahia - Os deputados federais baianos que respondem a processos são: Fernando Torres (DEM), por crimes relacionados com a comercialização de combustíveis; Geraldo Simões (PT), por crime eleitoral e captação ilícita de votos; Jânio Natal (PRP), por sonegação de contribuição previdenciária; Roberto Britto (PP), por compra de votos; Valmir Assunção (PT), por dano e crimes contra o patrimônio; Maurício Trindade (PR), por tráfico de influência; e Oziel Oliveira (PDT) que, entre as sete ações penais que tramitam no Tribunal de Justiça da Bahia, estão denúncias por contratar advogados com dinheiro público para uso em benefício próprio, irregularidades para burlar a Lei de Licitações, propaganda eleitoral no dia da eleição e falsidade ideológica e concurso material.

Ao lado de São Paulo, a Bahia é o estado com mais parlamentares acusados – ambos têm sete deputados nesta situação. No entanto, enquanto São Paulo tem 70 representantes, a Bahia tem apenas 39. Proporcionalmente, 18% dos deputados baianos são acusados de crimes contra 10% dos paulistas.
(Portal da Metrópole e G1)