Em todo o Brasil, são 59 parlamentares na mesma situação; Bahia é o estado com mais acusados
Ao
menos sete dos 39 deputados federais baianos que tomam posse nesta
terça-feira (1º) chegam à Câmara na condição de réus em ações penais, ou
seja, respondem a processos nos quais são acusados de crimes. O
levantamento, feito pelo G1, mostra que em todo o Brasil, 59 dos 513
deputados federais estão na mesma situação.
Juntos, os 59
deputados do levantamento deste ano respondem a pelo menos 92 processos –
em alguns casos, o deputado é acusado pelo Ministério Público por mais
de um crime. A maioria das acusações se refere à administração pública,
como crime contra a Lei de Licitações, peculato (quando o funcionário
público se apropria de bens ou valores públicos) e corrupção. Há ainda
casos de crime contra o sistema financeiro, crimes eleitorais e até
crimes contra a pessoa, como homicídio e lesão corporal.
Bahia - Os deputados federais baianos que respondem a processos são: Fernando Torres (DEM), por crimes relacionados com a comercialização de combustíveis; Geraldo Simões (PT), por crime eleitoral e captação ilícita de votos; Jânio Natal (PRP), por sonegação de contribuição previdenciária; Roberto Britto (PP), por compra de votos; Valmir Assunção (PT), por dano e crimes contra o patrimônio; Maurício Trindade (PR), por tráfico de influência; e Oziel Oliveira (PDT)
que, entre as sete ações penais que tramitam no Tribunal de Justiça da
Bahia, estão denúncias por contratar advogados com dinheiro público para
uso em benefício próprio, irregularidades para burlar a Lei de
Licitações, propaganda eleitoral no dia da eleição e falsidade
ideológica e concurso material.
Ao lado de São Paulo, a Bahia é o
estado com mais parlamentares acusados – ambos têm sete deputados nesta
situação. No entanto, enquanto São Paulo tem 70 representantes, a Bahia
tem apenas 39. Proporcionalmente, 18% dos deputados baianos são
acusados de crimes contra 10% dos paulistas. (Portal da Metrópole e G1)